segunda-feira, dezembro 08, 2008

segunda-feira, setembro 01, 2008

sexta-feira, agosto 29, 2008

segunda-feira, agosto 25, 2008

quarta-feira, agosto 20, 2008

Imagens Concórdia

As imagens aqui dispostas, foram encontradas em sites que descrevem as características geograficas, históricas, econômicas e políticas da cidade de Concórdia - Santa Catarina.
As mesmas foram utilizadas para relização de um trabalho, na referida disciplina, com o objetivo de criar um plano de aula que retratasse e trabalhasse Concórdia com os alunos das séries iniciais.
Maritânia Casagrande - Aluna da 4ª Série do Curso de Magistério - Educação Infantil e Séries Inicias.
da escola Olavo Cecco Rigon 2008


ApresentaçãOconcordia
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segunda-feira, agosto 18, 2008

Mata Atlântica

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA REGIÃO
A mata atlântica originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só comparável à Floresta Amazônica.

Compreende a região costeira do Brasil. Seu clima é equatorial ao norte e quente temperado sempre úmida ao sul, tem temperaturas médias elevadas durante o ano todo e não apenas no verão. A alta pluviosidade nessa região deve-se à barreira que a serra constitui para os ventos que sopram do mar. Seu solo é pobre e a topografia é bastante acidentada. No interior da mata, devido a densidade da vegetação, a luz é reduzida.


A área total da Mata Atlântica antes do início de sua destruição era de aproximadamente
1,3 milhão de km²

Área total atual: aproximadamente 52.000 Km2


INCRÍVEL, NÃO? FAÇA OS CÁLCULOS. ESTAMOS
DIANTE DO QUE PODE SER O FIM DO LAR DE
INÚMEROS SERES VIVOS!


DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FISIONÔMICOS E ESTRUTURAIS DA FLORESTA ATLÂNTICA
Esse tipo de formação florestal recebe várias denominações: floresta tropical úmida de encosta (segundo a classificação de Andrade-Lima), mata pluvial tropical (segundo Romariz) e mata atlântica (denominação mais geral).

O Relevo da Mata Atlântica se apresenta ondulado, bastante montanhoso(serra do Mar e serra da Mantiqueira). Esse ecossistema corresponde aos climas tropical litorâneo úmido(na faixa litorânea Nordestina), tropical de altitude(no Sudeste) e subtropical úmido(do Sul).
Rios importantes como o Paraíba do Sul, Doce e Jequitinhonha, drenam seus domínios. É uma das áreas mais sujeitas a precipitações no Brasil. As chuvas são orográficas, em função das elevações do planalto e das serras.
Os solos da floresta são pobres em minerais e sua natureza é granítica ou gnáissica. A maior parte dos minerais está contida nas plantas em vez de estar no solo. Como há no solo muita serrapilheira que origina abundante húmus, existem microorganimos de vários grupos os quais decompõem a matéria orgânica que se incorpora ao solo.

A FLORA:
Com a maior biodiversidade de nosso planeta, a Mata Atlântica é caracterizada pela vegetação exuberante. Entre as espécies mais comuns encontram-se, alguma briófitas( como os musgos ), cipós e orquídeas.
É uma floresta sempre verde, cujos componentes em geral possuem folhas largas, que é vegetação de lugares onde há bastante umidade o ano todo.
As folhas dessa floresta têm um tom mais colorido do que as da Floresta Amazônica.

A FAUNA:

Com uma fauna endêmica, A Mata Atlântica é formada principalmente por anfíbios, mamíferos e aves das mais diversas espécies.
Mico-leão-dourado, onça-pintada, bicho-preguiça, capivara. Estes são alguns dos mais conhecidos animais que vivem na Mata Atlântica.
Mas a fauna do bioma onde estão as principais cidades brasileiras é bem mais abrangente do que nossa memória pode conceber. São, por exemplo, 261 espécies conhecidas de mamíferos. Isto significa que se acrescentássemos à nossa lista inicial o tamanduá-bandeira, o tatu-peludo, a jaguatirica, o gato e o cachorro-do-mato ainda faltariam 252 mamíferos para completar o total de espécies dessa classe do reino animal na Mata Atlântica.

O PROBLEMA:

A Mata Atlântica encontra-se em um estado de intensa destruição, iniciada com a exploração do pau-brasil no século XVI.
Até hoje, ao longo do bioma são exploradas inúmeras espécies florestais madeireiras e não madeireiras - como o caju, o palmito-juçara, a erva-mate, as plantas medicinais e ornamentais, os cipós, entre outras. Se por um lado essa atividade gera emprego e divisas para a economia, grande parte da exploração da flora atlântica acontece de forma predatória e ilegal, estando muitas vezes associada ao tráfico internacional de espécies.
Os números impressionantes da destruição do bioma demonstram a deficiência da conservação ambiental em nosso país e a precariedade do sistema de fiscalização dos órgãos públicos.

Atualmente da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua extensão original. Em alguns lugares como no Rio Grande do Norte, não há nem vestígios. Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil.

Não deixe que esse espetáculo de cores e formas se extingue!
Pense nos seus filhos, nos seus netos...Que futuro você deseja para eles?
Deixe-os sentir o cheiro da terra molhada e se encantar com o jogo de luzes do Sol expandindo-se pelas folhas das árvores.
Dê a oportunidade de eles verem a magia de uma floresta que VOCÊ ajudou a salvar!

Nadiége Moroskoski Lehr, Monalisa Neumann,
Maicon Andrade e
Larissa Ajala

CAATINGA





Caatinga do tupi-Guarani: caa(mata) + tinga (branca) = mata branca

A caatinga ocupa uma area de cerca de 750.000km², cerca de 11% do territorio nacional

a caatinga é um ecossistema único que apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. Apesar de que o bioma Caatinga é pouco conhecido, estudos identificaram até agora uma gama de espécies bastante ampla. A biodiversidade da caatinga se compõe de mínimo 1.200 espécies de plantas vasculares, 185 espécies de peixes, 44 lagartos, 47 cobras, 4 tartarugas, 3 crocodilos, 49 anfíbios, 350 pássaros e 80 mamíferos. A porcentagem de endemismo é muito alto entre as plantas vasculares (aprox. 30%), e um pouco menor no caso dos vertebrados (até 10%). (veja também

•O Parque Estadual Dunas do Natal está compreendido numa faixa litorânea no sentido norte-sul na região da Grande Natal (05° 46' S, 35° 12' W). Possui uma área de 1.172 ha, tendo como pontos limítrofes, as praias de Mãe Luiza, ao norte, e Ponta Negra, ao sul, com 9 km de extensão longitudinal. O Parque das Dunas representa uma área de prersevação, criada por Legislação Estadual através do decreto número 7.237, de 22/11/77.

•A caatinga tem uma fisionomia de deserto, com índices pluviométricos muito baixos, em torno de 500 a 700 mm anuais. Em certas regiões do Ceará, por exemplo, embora a média para anos ricos em chuvas seja de 1.000 mm, pode chegar a apenas 200 mm nos anos secos.

Um trabalho com o objetivo de recuperar áreas degradadas a partir do plantio de árvores nativas da Caatinga, a fim de reflorestar a mata devastada. É o projeto que está sendo desenvolvido em Quixadá, município do Sertão Central, localizado a 168 quilômetros de Fortaleza, graças a uma parceria entre a Fundação Banco do Brasil, Petrobras, Instituto de Convivência com o Semi-Árido, uma Organização Não Governamental sediada no município, e Sindicato local dos Trabalhadores Rurais


Composta pelos estados de: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte do norte de Minas gerais.


Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela Caatinga, em quase 800 mil km2 de área. Quando não chove, o homem do sertão e sua família precisam caminhar quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo.

Mas a caatinga não é tudo as maravilhas também a lugares onde a poluição predomina totalmente.

•"Todos precisam ser conscientizados sobre a preservação da caatinga, porque com o aquecimento global, essa área pode se tornar um deserto".



quinta-feira, junho 26, 2008

Agricultura Orgânica


AGRICULTURA ORGÂNICA: Desafios e metas.

RESUMO: Desde a II guerra mundial, os fertilizantes e pesticidas químicos têm sido muito importantes para o aumento da produtividade, porém advertências muito claras têm sido feitas atualmente sobre a qualidade de vida, tendo em vista que os produtos químicos têm tomado conta não apenas da produção em si, mas afetado tudo o que rodeia o homem, principalmente no seu ecossistema, afetado de forma tal, que tudo o que o homem consome, principalmente no seu ecossistema, possui o produto em tal abundância, que tem se tornado caso de pedido de socorro. E este pedido de socorro parte em direção da agricultura orgânica, a única que pode fazer esse retrocesso à qualidade de vida que o homem busca. A socialização de seus benefícios é que devem ser divulgados, até como forma de desenvolvimento da agricultura familiar, que através da policultura, pode oferecer esta qualidade de vida não apenas para si, mas para com toda uma comunidade. O poder público necessita, obrigatoriamente, abraçar esta causa em defesa de um todo: homem, meio ambiente e futuro. É inegável que a produtividade não é tão alta, mas os benefícios podem tranqüilamente fazer a diferença em que a qualidade é melhor que a quantidade e o valor agregado aliado ao custo-benefício, ainda traz vantagens os produtos orgânicos. Pensando nesta qualidade, desenvolve-se o presente trabalho.


PALAVRAS-CHAVE: Agricultura orgânica, Qualidade de vida. Melhoria do ecossistema.


1. INTRODUÇÃO

O produto orgânico não é apenas um produto cultivado sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos. É um produto limpo, saudável, que provém de um sistema de cultivo que observa as leis da natureza e todo o manejo agrícola está baseado no respeito ao meio ambiente e na preservação dos recursos naturais.
O solo é a base do trabalho orgânico. Vários resíduos são reintegrados ao solo; esterco, restos de verduras, folhas, aparas, etc. são devolvidos aos canteiros em forma de composto para que sejam transformados em nutrientes para as plantas.
Essa fertilização ativará a vida no solo; os microorganismos além de transformar a matéria orgânica em alimento para as plantas, tornarão a terra porosa, solta, permeável à água e ao ar. O grande valor da horticultura orgânica é promover permanentemente o melhoramento do solo. Ao invés de mero suporte para a planta, o solo será sua fonte de nutrição.
A rotação de culturas é utilizada como forma de preservar a fertilidade do solo e o equilíbrio de nutrientes. Contribui também para o controle de pragas, pois o cultivo das mesmas culturas nas mesmas áreas poderia resultar no aparecimento de doenças e infestações. As monoculturas são evitadas. A diversidade é fator que traz estabilidade ao agrossistema, pois implica no aumento de espécies e na interação entre os diversos organismos.
O cultivo consorciado, isto é, o plantio de 2 espécies lado a lado, contribui para o controle da erosão, pois mantém o solo coberto. Muitas espécies podem ser associadas entre si, pois se favorecem mutuamente:
espécies que produzem muita sombra podem ser associadas àquelas que gostam de sombra; ex: tomate e salsa.
Raízes profundas com raízes superficiais; ex: cenoura e alface
Espécies com folhagens ralas podem ser plantadas junto àquelas mais volumosas; ex : cebolinha e beterraba
Espécies com exigências diversas em relação à nutrientes. ex : rúcula e brócolis.
espécies que exalam odores e afugentam insetos: ex : alface e cebolinha.

Essas técnicas contribuem para um solo saudável, uma produção sadia e previnem o aparecimento de infestações. A conservação de faixas de vegetação nativa entre os canteiros auxilia no controle de pragas. Servem de refúgio para diversos insetos benéficos que se alimentam de fungos ou organismos que, sem seus inimigos naturais, poderiam aniquilar a plantação. A fauna silvestre é preservada e a diversidade é essencial para o equilíbrio de várias espécies.
Infestações ocasionais podem ser tratadas com caldas, criação e soltura de inimigos naturais, armadilhas, catação manual e outros.
Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tiram da terra o seu sustento. Conservando o solo fértil, a agricultura orgânica prende o homem à comunidade rural à qual pertence.
Este fatores são os ideais que podem ser observados no município de Concórdia e microrregião, berço da avicultura e suinocultura brasileira, onde a produção de adubo orgânico vem a garantindo sua sobrevivência e a de algumas famílias na região, mas possui espaço para crescer - e muito - desestimulando dessa forma o êxodo rural e fortalecendo o vínculo do homem à terra.


2. QUALIDADE x QUANTIDADE
Demanda de alimentos

Nas últimas décadas a agricultura brasileira passou por várias transformações, dentre as quais, se observa um aumento significativo na produção anual de grãos. Isto, sem sobra de dúvidas, é muito bom economicamente para o Brasil, pois, além de atender a demanda interna na alimentação, ainda garante mercadoria para exportar e gerar dólares, honrando assim, com os compromissos de nossa dívida externa.
Mas há o outro lado da questão que é a preocupação do solo, degradação ambiental, alimentos com quantidades muito grandes de agrotóxicos, contaminação de mananciais e problemas de saúde nos trabalhadores que executam a aplicação destes agrotóxicos na lavoura. Então, a crescente preocupação com a natureza através da “Agenda 21”, escolas, meios de comunicação, administradores públicos e privados e a população em geral, têm a necessidade de repensar as práticas atuais, acenando para uma mudança de hábitos, a fim de obter a qualidade de vida populacional, não descuidando do solo, água e, acima de tudo, do meio natural em geral.
Pensando sobre o assunto e observando a forma de produção no município de Concórdia, nos deparamos com uma situação-problema que é a pouca adesão por parte dos agricultores deste município à produção orgânica. Fomos então, buscar a causa dessa pouca adesão junto a Secretaria Municipal de Agricultura do município de Concórdia. Os dados fornecidos pela Secretaria informam que, das 1300 famílias que estão no campo, apenas 3% (39 famílias) se dedicam à produção orgânica.
Quando indagamos sobre quais os projetos ou políticas que estavam sendo colocadas em prol da produção orgânica, obtivemos a resposta de que não há nenhuma, ou seja, não existe nenhum projeto específico nesta secretaria, que informa aos agricultores, das vantagens e das possibilidades de plantio sem agrotóxicos.
Segundo o Secretário Municipal de Agricultura de Concórdia, a pouca adesão à produção orgânica se deve ao fato de as famílias serem constituídas, em sua grande maioria, por pessoas idosas, e estes, oferecem resistência à mudança no seu modo de produzir e conduzir suas lavouras. Há porém, outro dado que oferece problema à produção orgânica que é o fato de uma grande Tprodução de aves e suínos.
Estas famílias integradas, não praticam a policultura, ficando somente com a produção de aves e suínos. Então, tirando estes produtores, os que produzem grãos se utilizam de produtos químicos para adubação e não demonstram preocupação com o meio natural.
Ainda em conversa com o Secretário, fomos informados que a Prefeitura de Concórdia disponibiliza aos agricultores, um moderno parque de máquinas para auxiliar na produção e que os agricultores que aderem à produção orgânica deste município concentram-se na localidade de Rancho Grande, interior de Concórdia.
Lá, conversamos com o agricultor Ivo Weirich que nos forneceu os dados referentes à produção orgânica, relatada a seguir.
Na comunidade de Rancho Grande, há nove famílias filiadas à CAPA (Centro de Apoio ao Pequeno Produtor), que há dez anos se dedicam à produção orgânica. Estas famílias contam com o auxílio de técnicos e assistentes que fazem análises, avaliações e fornecem instruções de assessoria técnica, tudo financiado pela Igreja Evangélica da Alemanha, com representação no Brasil pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Esse grupo de agricultores possui parcerias com o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Concórdia, Epagri, e Prefeitura, para viabilizar a venda de seus produtos e com a Rede Ecovida, que forneceu a marca dos produtos (Produto ecológico Ecovida). Os produtos originados nesta propriedade são: Frutos, cereais, legumes, verduras, chás, ovos, etc., os quais são vendidos na Feira do Produtor, próxima ao centro da cidade.
Para legalizar os produtos, formou-se uma Cooperativa – a COOPERFAS – na qual, se juntaram a essa família, outros produtores de diferentes comunidades, formando um total de 32 famílias divididas em cinco grupos. O projeto de um moinho que está em andamento subsidiado pela cooperativa, possibilita aos agricultores, além de produzir organicamente, transformar os grãos em derivados. Esses produtos possuem uma marca unificada, registrada como “Seiva Ecológica”.
O professor Jairo Marchesan, de Concórdia, realizou sua tese de Doutorado em micro-bacias e também disponibiliza apoio a esta cooperativa com visitas periódicas na feira e também nas propriedades.
Questionados sosre a baixa adesão aos produtos orgânicos, os agricultores de Rancho Grande informam que a falta de incentivo e conhecimento sobre o processo de produção orgânica, não havendo inclusive, uma consciência do consumo de uma alimentação saudável, e com qualidade por parte de outros agricultores além da população em Geral é uma realidade.
Outros dados foram obtidos junto à Epagri de Concórdia, que está iniciando um projeto nesta área de produção orgânica. Segundo o atendente, este projeto é coordenado por engenheiros agrônomos especializados no assunto, que pelas pesquisas feitas, a quantidade de dejetos suínos, aves e bovinos produzidos no município de Concórdia podem substituir a adubação química, propiciando o desenvolvimento de uma produção orgânica sem despesas para os agricultores na compra de adubos.
Desta forma, o resíduo de gado é mais utilizado seguido do suíno que necessita de certo tempo para a fermentação e por último, o resíduo de frango que deve ficar um ano armazenado por causa dos hormônios. Como mencionado anteriormente, este é um projeto que está sendo iniciado e decorre de certo tempo para ser colocado em prática e um tempo maior de adaptação.
Porém, como se trata de um tema bastante pertinente, justifica-se o interesse em buscar subsídios de análise e questionar sobre a falta de informação com relação à produção orgânica aos agricultores em geral e aos consumidores no sentido de aderirem ao consumo de produtos orgânicos.
Tomando como exemplo o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) do acadêmico Rodrigo Kaminski, observa-se que em Chapecó, existe um projeto de entidades não governamentais como a COOPERFAMILIAR e a APROFEC, que visam a busca de alternativas de viabilização econômica e social dos agricultores familiares e se contrapor ao modelo desenvolvimentista excludente que é típico dos países subdesenvolvidos. Há ainda, a preocupação por parte da Cooperfamiliar e da Aprofec, com a geração de renda para as famílias, a agregação do valor aos produtos, a busca de um mercado alternativo e a implementação de qualidade dos produtos destinados aos consumidores, tendo como princípios, a cooperação, as práticas solidárias e a preservação ambiental.
De acordo com Poli (1999, p. 64), o processo de modernização na agricultura provocou na região Oeste, nas décadas de 70 e 80, profundas transformações econômicas, sociais e políticas. A modernização se deve, principalmente, através da agroindústria, tendo como conseqüência, uma crescente submissão da pequena produção à sua lógica, juntamente com o esgotamento da fronteira agrícola, determinam uma profunda crise na produção camponesa tradicional, que caracterizava profundamente ou predominantemente a região.
Deste modo, justifica-se a importância da atuação da Cooperfamiliar e da Aprofec no intuito de pesquisar, conhecer e cadastrar os agricultores praticantes da agricultura orgânica ou interessada em aderir a essa prática. Terminada a etapa de cadastramento dos agricultores, buscou-se viabilizar projetos para a obtenção de recursos financeiros.
Segundo Kaminski (2005, p. 60), foi somente em 1997 que os agricultores de produção orgânica passaram a receber incentivos ou apoio do poder público, através de um projeto específico para feiras (Comercialização dos Produtos) que visava a escolha e constituição de um local fixo para afeira, horários e dias definidos, obtenção de licença do Serviço de Inspeção Municipal e Alvará sanitário.
Então, com a parceria entre a Aprofec e com a parceria da Prefeitura Municipal de Chapecó e os produtores rurais, também os agentes sociais, estes agricultores passaram a ter assistência técnica voltada para a demanda da feira.
Atualmente, além da Prefeitura juntamente com outras entidades, como a APACO (Associação de pequenos agricultores do Meio Oeste Catarinense), UNOCHAPECÒ – a partir do GTA (Grupo de pesquisa e tecnologia) – assessoram os agricultores para as tecnologias alternativas, como é o caso da Agroecologia que é diferente de produção orgânica. Na agroecologia é necessário um solo que nunca comportou adubos químicos, ou que já se tenham passado treze anos da última aplicação, ficando então, livre de resíduos. E a agricultura orgânica, apesar de utilizar adubos naturais, não está totalmente livre de resíduos químicos.
Conforme Kaminski (2005, p. 64), atualmente a Aprofec conta com 400 famílias de agricultores chapecoenses distribuídos em dez pontos de feira. As vantagens para práticas agroecológicas são econômicas, sociais e ambientais. E o retorno para essas famílias, além de renda suficiente para manter-se no campo, ainda possibilita a manutenção dos jovens no meio rural para dar continuidade para uma prática saudável e ecologicamente viável.
Outro dado importante referente aos benefícios da prática orgânica de Chapecó é que os jovens, com o seu trabalho no campo, têm condições financeiras para fazer um curso superior e dar continuidade ao seu trabalho com melhoramentos de manejo.

Por que aderir à produção orgânica

Sabemos que um dos principais questionamentos dos diferentes sistemas de produção agrícola diz respeito à sustentabilidade desses sistemas, em conservar e melhorar os recursos produtivos, tais como: o solo, a água, o ar e a própria biodiversidade, que permitem uma produção adequada de alimentos na obtenção de qualidade de vida e para as futuras gerações.
Partindo do princípio médico de que a maioria das doenças decorre do desequilíbrio alimentar pelo uso de elementos químicos, é necessário repensar a forma de nos alimentarmos.
Atualmente, cada pessoa, com sua liberdade para escolher o que quer consumir, tem opção de uma variedade enorme de produtos industrializados e comercializados, nos quais contêm produtos químicos, resíduos tóxicos, conservantes e corantes nas comidas e bebidas; antibióticos e hormônios nas carnes; metais pesados introduzidos na água, etc., mas também, uma variedade muito grande de caminhos que levam até os destinos mais diversos possíveis.
A alternativa que se viabiliza no momento como melhor caminho para uma melhor qualidade de vida e sustentabilidade é a produção orgânica. Este problema já começa na própria concepção de “agricultura orgânica”, que geralmente oscila entre o modelo predatório que era utilizado aonde o agricultor chega, desmata, queima, planta por alguns anos, e depois que já não dá mais, deixa o mato se recompor ou faz pasto; e o modelo da agroindústria, onde nestes três processos houve mudanças de hábitos alimentares pela introdução de substâncias químicas e excessivo processamento, porém, sem a consciência de que tais atitudes poderiam ser nocivas à saúde e a uma série de problemas ambientais.
Diante do acima exposto é necessário, compreender o que é agricultura orgânica e quais seus benefícios.
Conforme a Associação dos Agricultores Orgânicos de São Paulo, a agricultura orgânica ou Agricultura biológica é um termo freqüentemente usado para a produção de alimentos, produtos animais e vegetais que não fazem uso de produtos químicos sintéticos ou alimentos geneticamente modificados, geralmente aderem aos princípios de agricultura sustentável. Sua base é holística, ou seja, de todo o sistema de produção, põe ênfase no solo. Seus proponentes acreditam num solo saudável, mantido sem uso de fertilizantes e pesticidas feitos pelo homem, os alimentos atêm uma qualidade superior a alimentos convencionais.
Segundo a Epagri, há um padrão ideal para seguir. Procura-se produzir com uma maior eficiência energética. Busca-se conhecer e incrementar interações positivas que beneficiam a produção.
O desafio, portanto, de aumentar a produção de alimentos para equipará-la à demanda, ao mesmo tempo mantendo a integridade ecológica essencial dos sistemas de produção, é um desafio formidável em magnitude e complexidade. Porém, dispomos do conhecimento necessário para conservar nossos recursos agrários e hídricos, embora tenha que haver uma maior conscientização neste sentido, pois sabe-se hoje que os recursos hídricos não são infindáveis.
Essa é mais uma vantagem da agricultura orgânica, uma vez que a regularidade de chuvas dependem diretamente da questão agrária, tais como: desmatamentos, queimadas, defensivos químicos e outra série de fatores provenientes da poluição de todo um sistema, que faz com que as épocas de chuva também se modificam, tal como se fez observar no início deste ano de 2005, no qual, o município de Concórdia decretou Estado de Emergência em função da seca, o que também ocorreu na maioria dos municípios da região Oeste do Estado Barriga-verde.
Contudo, as novas tecnologias possibilitam o aumento da produtividade e, ao mesmo tempo, reduzem as pressões sobre os recursos. Uma nova geração de agricultores combina experiência com educação. De posse desses recursos, podemos satisfazer as necessidades da família humana.
Como obstáculo temos o enfoque limitado do planejamento e das políticas agrícolas, onde cabe ao poder público ingressar neste movimento, pelo simples fato de estar se aliando ao bem estar de seu povo, a bem da democracia.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É preciso, portanto, que a população se conscientize do consumo de produtos orgânicos, para que tenha uma qualidade de vida melhor. Motivos para tanto, são muitos e todos, vão ao encontro não apenas da saúde e bem estar do indivíduo mas principalmente, ao ecossistema, do qual este mesmo indivíduo é parte, cujos principais, são descritos a seguir:
Evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas. Pesquisas e estudos tem demonstrado que os agrotóxicos são prejudiciais ao nosso organismo e os resíduos que permanecem nos alimentos podem provocar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e até câncer.
Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo.
Alimentos orgânicos são mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos - em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los.
Protege futuras gerações de contaminação química. A intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos afeta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico; e tem como base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais.
Evita a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc., o solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano.
Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d'água e poluem rios e lagos.
Restaura a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis. A vida silvestre, parte essencial do estabelecimento agrícola é preservada e áreas naturais são conservadas.
Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem à terra e revitaliza as comunidades rurais.
Economiza energia. O cultivo orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário da agricultura convencional que se apóia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza.
O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação. Este Selo é fornecido pelas associações de agricultura orgânica ou por órgãos certificadores independentes, que verificam e fiscalizam a produção de alimentos orgânicos desde a sua produção até a comercialização. O Selo de Certificação é a garantia do consumidor de estar adquirindo produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS

CAVALCANTI, Clóvis (Org.). Meio Ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000

KAMINSKI, Rodrigo. Alternativas de viabilização da agricultura familiar no oeste catarinense – Trabalho de Conclusão de Curso, Chapecó: 2005

LOCKS, Geraldo Augusto. Da economia de mercado à economia solidária: Um olhar antropológico – In: Revista Agroecologia & Agricultura familiar. Lages-SC: Nov/2000.

PIERUCCINI, Mariângela. Qualidade de vida no meio rural. Disponível em; http://www.unioeste.br/projetos/unisol/projeto/artigos/seurs.htm Acesso em 12/05/2005

POLI, Odilon. Oeste catarinense – Modernização, êxodo e movimentos sociais no campo. In: Poli, Odilon – Leituras e movimentos sociais. Chapecó: Editora Grifos, 1999.

TAGLIARI, Paulo Sérgio. O crescimento da agricultura ecológica. Florianópolis: EPAGRI, 2003

VILELA, Pierre Santos. Realidade e perspectiva da produção orgânica. Disponível em http://www.fagmg.org.artigos/asp.%20acesso%20em%2002/06/2005

WESTPHAL, Márcia Faria. Cidade saudável: Interdisciplinaridade e intersetorialidade. In: Revista de Administração. Rio de Janeiro: Nov/Dez.2000.

domingo, maio 04, 2008

A educação ambiental

A educação ambiental

Gestão dos recursos humanos na gestão ambiental

Ao depararmo-nos com a lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 torna-se necessário verificar algo interessante que sempre ocorre. A lei citada possui na sua íntegra, necessidades que deveriam ter sido sancionadas há vinte (20) anos atrás, para que não tivéssemos hoje, uma degradação ambiental em tão elevado índice.
Mesmo assim, a falta de material humano para que se faça valer a aplicabilidade da lei é insuficiente. Basta para isso fazer um mapeamento, principalmente da região amazônica e pantaneira, para se ter uma idéia da devastação e degradação ambiental que ali ocorre, por falta de recursos humanos na gestão ambiental.
Quando se iniciaram as tratativas internacionais do protocolo de Kyoto, ou seja, em 1965, a situação já era de emergência, ficando evidente que, decorridos quarenta anos, mesmo já assinado pela imensa maioria dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos, tem-se ainda a objeção dos Estados Unidos, que talvez por pensarem que estão acima de qualquer outro país, mandam executar sem a própria necessidade da parcela de responsabilidade que se lhe é imposta.
Muito pelo contrário, nas escolas de nível médio, na disciplina de Geografia, já é reconhecida, geograficamente, uma região chamada como reserva ecológica internacional, que engloba a região amazônica e a região do pantanal brasileiro, situando-se ao sul, o Brasil, como se nossa soberania fosse um boneco de brinquedo nas mãos do Tio Sam.
O tema meio ambiente entrou definitivamente na pauta de discussão da nossa sociedade. É verdade que os meios de comunicação, a produção literária - científica e pedagógica, as iniciativas públicas e privadas, as ONG's e as pessoas de uma forma em geral, pressionados pela anunciada catástrofe ambiental a que estamos submetendo o planeta através de práticas danosas cometidas por todos nós, indivíduos e coletividade, colaboram para que o assunto tenha tamanha repercussão. Seja através de discussões técnicas e científicas ou de posturas ideológicas e apaixonadas pela causa, o fato é que a temática ambiental vai, pouco a pouco, sendo inserida e incorporada pela nossa sociedade como um divisor de água na busca de uma melhor qualidade de vida, embora que, voltamos a frisar, o assunto deveria ter sido tomada a efeito muito tempo antes.
Embora seja lugar comum dizer que a abordagem ambiental deva ser holística e que devemos pensar globalmente e agir localmente, o que percebemos muitas vezes é uma práxis que reforça o ambientalmente incorreto dito popular que diz que em casa de ferreiro o espeto é de pau. Apesar dos avanços, a gestão ambiental continua, ainda hoje, centrada, na maioria das vezes, na aquisição de equipamentos de controle ambiental, não levando em consideração aspectos importantes relacionados à cultura das pessoas.
De fato a degradação ambiental põe em risco a saúde do planeta e de seus habitantes. As medidas mitigadoras colocadas em práticas não resolvem de todo a questão, apenas – como o próprio nome anuncia, atenuam um quadro ascendente de problemas socioambientais.
As práticas de controle ambiental são recentes e ainda não foram totalmente incorporadas pelas empresas, seja pelo seu alto custo ou pela falta de conscientização. Existe toda uma cultura que precisa ser estimulada para uma nova concepção na relação do homem com o meio ambiente. Percebe-se que pouco adiantarão tecnologias de controle ambiental de última geração se as pessoas não refletirem sobre o seu comportamento no que se refere ao consumo e ao uso insustentável dos recursos naturais.
Este cenário coloca à mesa uma discussão que passa pela revisão de conceitos e será necessário que cada indivíduo compreenda a importância de estar comprometido com a qualidade ambiental da sua cidade, do seu bairro, da sua casa e do seu posto de trabalho. Parafraseando o imperador romano, não basta apenas estarmos comprometidos, temos que demonstrar este comprometimento colocando em prática os princípios básicos de sustentabilidade.
No entanto, existe uma cultura arraigada em pressupostos que acredita de fato que em casa de ferreiro o espeto é de pau, quando na verdade deveria ser estimulada a refletir e perceber que em casa de ferreiro na maioria das vezes o que temos é sucata de sobra e que cada um de nós é na verdade um ferreiro a produzir diariamente uma quantidade enorme de sucatas.
As pessoas de um modo em geral não percebem que a degradação ambiental é resultado do modelo que escolhemos para sobreviver, não reconhecendo nas suas relações com o meio os impactos produzidos por este modelo. De fato é pouco usual a conjugação do verbo poluir na 1a pessoa. Quando o sujeito não é indefinido (alguém polui), se encontra na 3a pessoa do plural: eles poluem.
Ações de controle ambiental são fundamentais na busca de uma melhor qualidade de vida, pensar globalmente e agir localmente também. No entanto, atuamos muitas vezes desconsiderando fatores fundamentais relacionados à cultura das pessoas e das instituições que as abrigam.
A formação de uma consciência crítica em relação a este processo é fundamental para a busca de soluções que não sejam somente mitigadoras, passando a ter um caráter mais preventivo e educativo. A agricultura orgânica, bem como a agricultura familiar, ganha adeptos em todo o Brasil, podendo transformar-se na grande formadora de consciências desse país.
No entanto, para que uma gestão ambiental seja bem sucedida é necessário que ocorram mudanças nas atitudes, nos padrões de comportamento e na própria cultura das instituições. De nada adianta fazermos o presente trabalho baseado na lei nº 6.938 de 31/08/81, que dispõe sobre a política nacional de meio ambiente, se cada ser humano não fizer a parte que lhe cabe, pois os dados confirmam que a legislação em si não faz milagre, mas a grande diferença está na consciência das pessoas.
Para alcançar o compromisso das pessoas com a melhoria da qualidade ambiental é preciso, em primeiro lugar, que elas se percebam como parte integrante deste processo, tendo acesso a conhecimentos básicos sobre meio ambiente que as auxiliem na identificação das principais fontes geradoras de impactos ambientais.
Ao motivar e capacitar as pessoas para a adoção de ações preventivas a Educação Ambiental tem-se revelado um importante instrumento da Gestão Ambiental, permitindo que as pessoas conheçam, compreendam e participem das atividades de gestão ambiental, assumindo postura pró-ativa em relação à problemática ambiental.
Dentro da perspectiva de otimizar seus investimentos e de se manter dentro dos padrões ambientais exigidos pela sociedade e pelo mercado, algumas empresas estão implantando programas de Educação Ambiental como instrumentos do seu sistema de gestão ambiental.
Para que as empresas obtenham o compromisso dos empregados com a gestão ambiental é necessário que ela disponibilize, além de recursos e equipamentos de controle ambiental, conhecimentos básicos sobre meio ambiente e gestão ambiental, auxiliando-os na identificação e controle das principais fontes geradoras de impactos ambientais da sua atividade.
Neste sentido, para que a educação ambiental se transforme em um instrumento eficiente da gestão ambiental é necessário que as atividades propostas estejam sintonizadas com a cultura da empresa e potencializem os aspectos positivos desta cultura. A classe empresarial necessita urgentemente ter em mente que a simples lucratividade sem o mínimo de respeito ao ser humano e ao meio ambiente pode-lhe ser fatal.
Geridos desta forma, esses programas permitem às empresas alcançar bons resultados, pois incentivam os empregados a agir de forma preventiva, identificando, controlando e minimizando os impactos ambientais da sua atividade.
Indústria, agricultura moderna e meio ambiente podem conviver pacificamente do ponto de vista ambiental. Basta para tanto, estímulo e vontade política.

Aprendência e as relações pedagógicas

Aprendência e as relações pedagógicas

O ensino é uma ação que provoca afecções e idéias-afecções no aprendente, enquanto recebe ações do professor. O aprendente experimenta sentimentos de alegria quando as relações do professor e do conteúdo condizem com sua essência e aumentam a sua potência de agir, de pensar, de criar; ou de tristeza quando as relações do professor, da matéria e da metodologia não condizem com ele e diminuem sua capacidade de agir, de pensar e de criar. A alegria o torna mais capaz de agir, a tristeza o torna menos capaz de agir. Segue-se daí a necessidade de relações positivas, de amizade, de amor do professor consigo mesmo, com as matérias de sua responsabilidade compondo com seus desejos e suas opções, e muito especiamente com os alunos. Ninguém aprende sem amor , sem alegria, nada na tristeza poderá induzir o aluno a formar uma noção de algo que seria comum ao corpo do aluno e ao corpo do professor ou ao corpo do conteúdo/metodologia que o entristecem. Pela mesma razão já esposta acima: o corpo me afeta de tristeza na medida em que ele me afeta sob uma relação que não covêm co a minha. Como se fosse a relação do arsênico que não compõe com o meu corpo.
A relação pedagógica tradicional está calçada acima de tudo em relação de poder, e, neste sentido , é altamente destrutiva, pois o poder sempre tem necessidade da tristeza dos súditos, simplesmente porque não os pode ver mais forte nem mais sábios ainda que os perceba como uma malta a ser domesticada. Na prática os sistemas escolares se preocupam com a disciplina, com a ordem, com o controle, acima de tudo precisam territorializar os fluxos contínuos das crianças e seus desejos infinitos, dos jovens e seus sonhos/energia desabridas. Por sua vez, os adultos, extremamente territorializados e fixados em rotinas disfuncionais, vêm a procura de novos fluxos na universidade de uma educação continuada. Territorializar, canalizar, fixar enquadrantes controlados e controláveis é o que o sistema mais lhes oferece. Centros, departamentos , disciplina é o que o sistema escolar lhes oferece por demais. Precisa balancear os dois processos. Mas acontece que, antes de prmetir o extravasamento de energias e pensamentos em turbilhão, antes de estabelecer uma comunicação de socializar uma informação, o professor trasmite uma marca de poder, uma palavra de ordem, imanente a cada significação: isto é substantivo, isto é uma derivada, isto é uma obra de arte.

Parte do texto: Aprendisagem, Signos e tecnologias. Prof. Norberto J. Etges, Phd. Espinosa, 1993.

quinta-feira, março 13, 2008